Torcida Atleticana: O Mito
No início da década de 70, haviam em minas 2 clubes considerados fortes:
Atlético-MG: considerado a segunda força de minas naquela época, porém tinha alguma tradição.
Cruzeiro: Era considerado o maior clube de MG e cada vez mais se distanciava do seu adversário.
Com o decorrer da década, todos começaram à perceber que o Cruzeiro abria uma grande vantagem em relação ao seu "rival".
Enquanto o Atlético-MG fazia campanhas ridículas em campeonatos nacionais sempre com mortes na praia, em 1976 o cruzeiro já era o dono da América.
Isso começou à encabular a imprensa de MG, pois a grande maioria dessa imprensa eram torcedores doentes pelo Atlético.
Como o Cruzeiro já havia consolidado sua superioridade em futebol, com grandes títulos, a imprensa mineira resolveu adotar uma tática diferente: "Se não podemos disputar com eles dentro de campo, vamos criar um mito em cima da nossa torcida e esquecer de futebol. Futebol à partir de agora é segundo plano até o Galo conseguir ganhar um título expressivo".
E assim aconteceu, os anos se passaram e o Cruzeiro continuou ganhando título expressivos para Minas, muitos títulos.
Do lado segundino continuaram as decepções, porém a imprensa mineira conseguiu implantar na mente da parte seca da lagoa, que títulos não representam nada. "O que vale é a torcida", "O que vale é lotar estádio", "O que vale é girar roleta", "Quem gosta de título é cartório".
Realmente devemos parabenizar a imprensa mineira por isso. Foi uma tática meio absurda, mas funcionou. Todo atleticano pensa que o importante é roleta, e títulos não valem nada.
A imprensa mineira conseguiu iludi-los. Talvez seja graças à imprensa mineira, que hoje exista o Atlético-MG e ele consiga atingir um certo número expressivo de torcedores, sendo a segunda torcida da capital e a terceira torcida de Minas. E mesmo tendo só um título expressivo em seus mais de 100 anos, essa torcida consiga se conformar.
Parabéns imprensa mineira!
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